quarta-feira, 6 de julho de 2016

Olhar o horizonte


Olho o horizonte e penso
Que fazer com estas mágoas?
queria tanto que as águas do Tejo
as lavassem, desabafo para mim mesma...
ou, simplesmente, as levasse para bem longe.
Mas, tal qual a muralha que se desmorona
assim me sinto eu
a desagregar
a esmorecer...
Respiro o ar do entardecer
deixo-me embalar pelo movimento das ondas
perco-me no azul do céu...
Regresso instantes (quiçá horas) passadas
e, ali mesmo, nas pedras da calçada
encontro-me
e sinto que, afinal, a tristeza sempre se fora embora. 

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